A empregabilidade, mais do que nunca, vem sendo amplamente discutida. O que muda nos tempos atuais é a empregabilidade sustentável por meio de bases e valores pessoais e institucionais, fundamentais para a continuidade de qualquer empresa seja de micro, médio ou grande porte.
Os valores são o conjunto de características de uma organização ou pessoa, que determinam a forma de comportamento e interação com sociedade, consumidor, empregados, sócios e fornecedores.
Ao discutirmos sobre valores nos deparamos com respeito, ética, solidariedade e outros necessários para a convivência em harmonia e construção de objetivos em comum, sempre ressaltados em qualquer relação seja B2B, de empresa para empresa, ou B2C, de empresa para consumidor.
Sem os valores, podemos concluir que não há alinhamento de expectativas ou continuidade de qualquer relacionamento.
A empregabilidade significa ter ferramentas (qualidades pessoais e profissionais) e conhecimentos que o mercado exige e que, se colocadas em prática, permitirão a qualquer um estar apto para aquele mercado, certo ?
Na prática notamos as desvantagens salariais na diferenciação de carreira de homens e mulheres.
As mulheres passaram por diversos processos de amadurecimento no mercado de trabalho. Nos anos 30 os trabalhos eram predominantemente domésticos, lembro que muitas avós, como a minha, lavavam camisas de jogadores de futebol, lavar e passar era o trabalho mais comum, a renda se revertia para os momentos de aperto financeiro ou alguns gastos com “coisas de mulher”.
Com o passar dos anos, a participação da mulher no mercado de trabalho passou pelas etapas de gastos pontuais, complemento de renda, responsável pela renda familiar e mais recentemente a carreira como parte de sua satisfação pessoal. Frise-se que algumas etapas não eliminam as outras, ainda encontramos mulheres que tem como único objetivo a complementação da renda sem priorizar a satisfação pessoal que o trabalho pode despertar.
Certamente, foram batalhas atrás de batalhas para conquista de um espaço no mercado corporativo ou empreendedor em escolhas unicamente da mulher.
A entrada da mulher no mercado de trabalho pode ter sido obra do acaso, mas a sua permanência certamente não é. Já temos mulheres astrônomas, mecânicas, pedreiras, policiais, presidentes de empresas e tudo conquistado com muito estudo e competência.
Ainda assim, alguns segmentos veem com rejeição a participação da mulher que ora é interpretada como desqualificada e ora como quem está roubando o espaço do homem naquele trabalho.
Conforme senso do IBGE a mulher tem ultrapassado a escolaridade dos homens, mas isso não a faz merecedora de tomar a decisão sobre a sua carreira.
Acelerar e fortalecer a participação da mulher no mercado de trabalho permitindo que suas escolhas sejam respeitas é a base do nosso trabalho.
Nossa vivência no mercado corporativo nos mostrou que a mulher conta com diversas variáveis que a fazem, se não desistir, adiar seus sonhos. O que pode lhe custar muita frustração no futuro. Evitar isso, portanto, se tornou uma missão.
Temos a certeza de que, o momento de fazer a escolha para vida que se quer, necessita de encorajamento e planejamento para que a mulher convença a si mesma de suas capacidades e mantenha-se firme nas suas decisões, e finalmente se torne referência naquilo que escolheu primeiramente para ela e depois para sua família, amigos e comunidade.